O Galpão “Caipora Viu”, em Campos Novos, segue encantando visitantes das mais diversas origens e áreas do conhecimento. Neste mês, o espaço chamou a atenção do arqueólogo Francisco das Chagas Lopes Santos, natural do Nordeste brasileiro, que demonstrou fascínio ao conhecer de perto os objetos que compõem o acervo do museu.
Francisco está na região prestando serviços ligados ao patrimônio cultural e integra a equipe da empresa Scientia Consultoria Científica, de São Paulo (SP), responsável por estudos arqueológicos na área de implantação de linhas de transmissão de energia elétrica em Santa Catarina. Acompanhado do auxiliar Helder Lopes da Rocha, ele destacou a organização do espaço e a disposição detalhada das peças, ressaltando o valor histórico do local.
Entre os objetos que mais chamaram a atenção do arqueólogo está uma “mão de pilão” feita em pedra — ferramenta tradicional utilizada para moer e liberar aromas e sabores de ingredientes. Segundo ele, o item é comum no Nordeste com outras denominações e materiais, o que o surpreendeu ao encontrá-lo ali. A peça foi doada ao Galpão por um amigo do idealizador do espaço, Benito Zandoná.
“A presença de um arqueólogo enriquece meu espaço. Eu jamais imaginaria que esse item seria destacado por um especialista na área”, comentou Zandoná, emocionado com o reconhecimento do museu que criou.
A visita foi motivada pelas redes sociais do Galpão, onde os profissionais tomaram conhecimento do projeto. A experiência evidencia o impacto positivo da futura digitalização do acervo, que será coordenada pelo Instituto Humaniza com incentivo financeiro da CELESC, através do Programa de Incentivo à Cultura (PIC) da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), do Governo de Santa Catarina.
A proposta prevê a criação de um site interativo até 2026, tornando o acervo acessível a um público ainda maior. “Esse museu é incrível. Vale a pena visitar. Você consegue refletir e aprender sobre a história local. Além do aspecto histórico e cultural, há a possibilidade de encontrar objetos com viés arqueológico”, concluiu Francisco.
Comentários: