Na última quarta-feira, dia 10, foi realizada mais uma edição do tradicional Almoço de Natal da APAE de Campos Novos, um gesto que neste ano chega à trigésima edição e que se tornou parte essencial do calendário afetivo da instituição de ensino especial. O encontro reuniu alunos, voluntários e colaboradores em um ambiente marcado por sorrisos, reencontros e a alegria de viver um momento feito para acolher, valorizar e celebrar cada criança, jovem ou adulto atendido pela escola.
Tudo começou lá atrás, em 1995, quando a matriarca Cristina Di Domenico, em memoriam, com o apoio de sua nora Olga Maria Di Domenico, carinhosamente chamada de Dinda, teve a iniciativa de reunir algumas crianças da APAE em um piquenique na Fazenda São João. Aquele primeiro gesto germinou em décadas de alegria, afetos e inclusão incondicional. Hoje, o almoço anual continua sendo realizado pela Família Di Domenico, com ajuda de um grupo de voluntários. A Coocam apoia a iniciativa.
Em 2025, três décadas depois, o encontro está mais que consolidado. O diretor da APAE, Luiz Augusto de Souza, reforçou o significado da celebração. Ele lembrou que, para os apaianos, este é o momento mais aguardado do ano, pois oferece algo além de um almoço. Oferece dignidade, pertencimento e a certeza de que há pessoas que se importam. Ele enfatizou ainda, sobre as dificuldades que muitas famílias enfrentam, acrescentando o valor de gestos como este, sobretudo para quem nem sempre tem as mesmas oportunidades. A figura do Papai Noel, presente tradicionalmente, se torna símbolo de esperança e renovação.
Do lado da organização, Dinda agradeceu amigos, voluntários, equipes, escola e famílias, falando da importância da superação, da responsabilidade e, sobretudo, do amor. Desejou um Natal pleno de saúde, alegria e luz, não só para os alunos, mas para toda a comunidade.
A gerente da Coocam, Kalinka Françoise, lembra que a cooperativa é apenas uma colaboradora desta nobre missão, onde o protagonismo é da Família Di Domenico e da rede de solidariedade que se formou em torno desse sonho.
E assim, entre abraços calorosos e sorrisos doces das crianças, foi renovado o compromisso silencioso de quem acredita no poder da compaixão. Essa confraternização anual, construída há 30 anos com mãos generosas, prova que, quando pessoas se importam de verdade, um prato de comida vira refeição de afeto e um almoço vira celebração de vida.
Porque, no fim das contas, o que move esse encontro não é apenas a tradição e sim o amor pela inclusão, pela humanidade, pela esperança. E são esses sentimentos que mantêm viva a essência de algo bem maior que um simples almoço.



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