Segundo as investigações, a mãe, moradora de Campos Novos, levou a criança à UPA 24h de Herval d’Oeste, alegando que a filha apresentava febre e dificuldade para respirar. Após a avaliação, a bebê foi transferida ao Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST), em Joaçaba, onde exames revelaram fraturas antigas e recentes em costelas, fêmur e braço, além de uma grave lesão pulmonar. O quadro exigiu internação imediata, mas a criança não resistiu.
De acordo com a delegada Fernanda Gehelen da Silva, as representações pelas prisões foram apresentadas ainda na sexta-feira (22) e rapidamente deferidas pelo Ministério Público e pelo Judiciário. Com os mandados expedidos, equipes da Polícia Civil de Herval d’Oeste e Campos Novos localizaram o casal, de 21 e 23 anos, que foi encaminhado aos presídios das respectivas cidades após os procedimentos legais.
“Durante a investigação surgiram informações contraditórias que poderiam excluir a participação de um dos suspeitos. Por isso, realizamos diligências adicionais para reunir todos os elementos possíveis e evitar a prisão sem provas mínimas de envolvimento. Após intenso trabalho, verificamos que ambos permaneciam a maior parte do tempo em casa com as crianças, em meio a choro constante, gritos e xingamentos. Diante desse cenário, não restou alternativa senão a custódia cautelar até a conclusão das investigações, previstas para os próximos 30 dias”, explicou a delegada.
Ela acrescentou que novas diligências serão realizadas nos próximos dias, incluindo oitivas de testemunhas, além da análise do laudo cadavérico em elaboração pela Polícia Científica.
“Casos como esse geram grande comoção social e pressão da comunidade. Todos querem uma resposta rápida, mas a Polícia Civil atua de forma técnica e imparcial, baseada em provas concretas. As medidas adotadas têm como objetivo exclusivo o interesse da investigação”, concluiu Fernanda.
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