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Terça-feira, 01 de Julho de 2025

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Museu Galpão Caipora Viu mantém viva a memória da grandiosa Festa de São João em Campos Novos.

Objetos históricos, e relíquias da tradicional festividade junina estão sendo preservados e digitalizados com apoio do Instituto Humaniza e da CELESC.

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Museu Galpão Caipora Viu mantém viva a memória da grandiosa Festa de São João em Campos Novos.
: ASCOM Instituto Humaniza.
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A tradicional Festa de São João, considerada entre as décadas de 1950 e 1970 o maior evento social de Campos Novos, segue viva na memória de muitas famílias camponovenses. Hoje, parte dessa história está resguardada no acervo do Museu Galpão “Caipora Viu”, um espaço que valoriza a cultura local e preserva relíquias da época de ouro da celebração.

A festividade, promovida pela Igreja Católica com apoio de casais festeiros, mobilizava moradores da sede e das comunidades do interior. Fazendeiros participavam ativamente, doando “prendas”, animais para churrascos e até gado para os tradicionais leilões. A festa durava cerca de um mês e reunia música, fé e solidariedade em torno do padroeiro São João Batista.

Entre os itens mais simbólicos preservados no Galpão está uma imagem de São João Batista, adquirida durante a inauguração da Igreja Matriz, em 1947. Após o falecimento de José Stefanes, proprietário da relíquia, o filho, residente em Blumenau, fez a doação ao museu, enriquecendo ainda mais o acervo organizado por Benito Zandoná, idealizador do espaço cultural.

Outro destaque é o antigo auto-falante usado para divulgar as doações do comércio, anunciar arrecadações e tocar músicas típicas da época. O equipamento foi doado recentemente pela Paróquia São João Batista, após a modernização do sistema de som da igreja.

As lembranças guardadas por Benito incluem ainda registros fotográficos da programação da festa, com atrações como bingo, roleta, pau-de-sebo, quadrilhas, pescaria junina, fogos e a imponente fogueira. Entre os fatos curiosos, ele relembra uma tourada realizada na cidade, ensinada por um toureiro vindo de São Paulo, que mobilizou até os mais corajosos da região.

Apesar de lamentar a perda da grandiosidade da festa nos tempos atuais, Benito acredita que o resgate dessas memórias pode reacender o interesse da população por essa rica tradição cultural.

Os objetos e fotografias da Festa de São João estão sendo catalogados como parte do projeto de digitalização do acervo do Galpão “Caipora Viu”. A iniciativa é coordenada pelo Instituto Humaniza e conta com apoio financeiro da CELESC Distribuição S.A., por meio do Programa de Incentivo à Cultura (PIC) da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), do Governo de Santa Catarina.

FONTE/CRÉDITOS: ASCOM Instituto Humaniza.
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