O início de junho começou marcado por uma sequência alarmante de acidentes de trânsito no Oeste de Santa Catarina. Desde o último domingo (1º), ao menos cinco pessoas perderam a vida em ocorrências nas rodovias da região, boa parte delas envolvendo jovens e colisões violentas. As tragédias chamam a atenção para a urgência de discutir a segurança viária e o comportamento de motoristas nas estradas.
Acidentes fatais em sequência
No domingo, duas pessoas morreram em Pinhalzinho após um grave acidente. As vítimas foram Luiz Gustavo Duarte Pessato, de 17 anos e Leonardo Braga Pohl, de 20. Já na noite de segunda-feira (2), outros dois homens faleceram presos às ferragens de um veículo que saiu da pista na BR-163, em Dionísio Cerqueira, as idades das vítimas eram 21 e 23 anos.
A mais recente tragédia ocorreu na madrugada desta terça-feira (3), em Curitibanos, quando um jovem de apenas 19 anos morreu após a caminhonete em que estava colidir frontalmente com um caminhão na BR-470. Ele ficou encarcerado e teve o óbito confirmado ainda no local. O motorista do veículo, de 34 anos, foi levado ao hospital com ferimentos.
Perfil das vítimas preocupa
O fato de jovens estarem entre as principais vítimas reforça um dado que preocupa autoridades e especialistas em trânsito: motoristas entre 18 e 29 anos lideram os índices de mortes no trânsito no Brasil, conforme dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).
De acordo com o Detran/SC, fatores como imprudência, excesso de velocidade, distrações ao volante (incluindo o uso do celular) e o consumo de álcool continuam sendo os principais causadores de acidentes fatais, especialmente em rodovias de pista simples.

Especialistas reforçam dicas de segurança
O tenente-coronel da reserva do Corpo de Bombeiros, especialista em resgate e educação no trânsito, João Silveira, destaca que a prevenção ainda é a melhor estratégia:
“É fundamental o uso do cinto de segurança, inclusive para passageiros do banco traseiro. A revisão periódica dos veículos e o respeito à sinalização e aos limites de velocidade também são essenciais. Mas mais do que isso, é preciso mudança de atitude — principalmente entre os mais jovens, que muitas vezes subestimam os riscos.”
Silveira também ressalta a importância de descanso antes de longas viagens, evitando dirigir com sono, e do combate à combinação perigosa de álcool e direção.
Educação no trânsito começa cedo
Para reverter esse cenário, campanhas educativas e programas de conscientização precisam ser intensificados nas escolas e comunidades. “Trânsito seguro é responsabilidade de todos. Não é só uma questão de infraestrutura ou fiscalização, é uma cultura de respeito à vida que precisamos fortalecer”, complementa o especialista.
Um alerta que precisa ser ouvido
As tragédias dos últimos dias deixam famílias enlutadas e comunidades em choque. Que as perdas não sejam em vão e sirvam de alerta para a urgência de um trânsito mais seguro, mais humano — e, acima de tudo, com menos vítimas jovens.
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