O número de brasileiros com o nome negativado chegou a 77 milhões, segundo os dados mais recentes do Mapa da Inadimplência da Serasa. Isso significa que quase 4 em cada 10 adultos no país estão com contas atrasadas. A situação mais crítica está ligada ao setor bancário, que responde por 27,8% de todas as dívidas em atraso, incluindo cartões de crédito, empréstimos e cheque especial.
Diante desse cenário, mais de 40 instituições financeiras iniciaram um mutirão para negociar dívidas, com condições especiais de pagamento válidas até 30 de junho. A iniciativa oferece descontos que podem chegar a 97%, além de opções de parcelamento e pagamento via Pix, o que permite a regularização do CPF quase imediata após o acerto.
O foco está nas dívidas bancárias, que são as mais comuns entre os brasileiros. De acordo com a Serasa, há 35 milhões de consumidores com pendências com bancos – 11 milhões deles estão inadimplentes apenas com essas instituições. No total, são mais de 65 milhões de dívidas bancárias registradas no país.
Cartão de crédito lidera o endividamento
Uma pesquisa feita com 921 consumidores negativados revelou que o cartão de crédito é a principal fonte de dívidas, citado por 69% dos entrevistados. Em seguida, aparecem empréstimos pessoais (56%) e o uso do cheque especial ou limite da conta (31%).
As principais razões apontadas para o endividamento são perda de renda, desemprego, gastos imprevistos com saúde e desorganização financeira. Apesar das dificuldades, quase metade dos entrevistados (46%) já tentou negociar dívidas com os bancos e não conseguiu condições viáveis.
Cenário em Santa Catarina e como negociar dívidas
Em Santa Catarina, mais de 1 milhão de pessoas possuem dívidas com bancos. Para esse público, a ação reúne mais de 13 mil ofertas de negociação. Em Florianópolis, são 83.748 moradores com dívidas bancárias, de um total de 175.397 inadimplentes. O número total de pendências na Capital ultrapassa 666 mil registros, já que uma mesma pessoa pode ter mais de uma dívida ativa.
A negociação de dívidas pode ser feita online, com consulta gratuita aos débitos e simulação das condições de pagamento. A recomendação dos especialistas é que o consumidor priorize dívidas com juros mais altos e utilize o momento para reorganizar o orçamento.
Comentários: