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Terça-feira, 15 de Outubro de 2024

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Fim de ano em SC traz mês chuvoso, La Niña e risco de eventos extremos, diz previsão

Outubro deve ter chuva acima da média em todo o Estado, enquanto últimos dois meses do ano serão marcados pela chegada do La Niña.

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Fim de ano em SC traz mês chuvoso, La Niña e risco de eventos extremos, diz previsão
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Santa Catarina deve ter chuva dentro ou até acima do esperado em outubro, divulgaram os meteorologistas do Fórum Climático, grupo de profissionais de diferentes instituições catarinenses que se reúne mensalmente para fazer a previsão do trimestre.

Até o fim do ano, porém, as regiões do Estado estão propensas a viver de tudo um pouco: veranicos, dias com geada na Serra, chuva abaixo da média e até risco de eventos extremos, já que as chances são altas para a formação de um La Niña nas próximas semanas.

O La Niña é um fenômeno atmosférico-oceânico que consiste no resfriamento das águas de uma parte do Oceano Pacífico, o que influencia diretamente no padrão da precipitação no Sul do Brasil. Em Santa Catarina, por exemplo, a alteração significa menos chuva.

Não à toa, diversas estiagens no Oeste ocorreram durante episódios de La Niña. O problema é que ela também causa perturbações capazes de influenciar em casos de chuvas extremamente intensas e de curta duração, o que pode resultar em eventos extremos como enxurradas.

Em outubro, porém, ainda não haverá grande influência do La Niña, já que a temperatura do oceano está em um período de neutralidade após passar pelo El Niño (aquecimento das águas). O mês, entretanto, é historicamente conhecido pelo volume elevado de chuvas da primavera, especialmente no Oeste. Por isso, é esperado bastante precipitação, o que deve contribuir para deixar a temperatura dentro do normal para a época. Os nevoeiros também continuarão a ser registrados.

As análises e estatísticas feitas com base nos modelos meteorológicos mostram que em novembro, quando o La Niña tem 70% de possibilidade de ser confirmado, o Litoral e Vale do Itajaí seguirão com a tendência de ter chuva acima da média, diferente do Oeste.

Em dezembro o padrão será semelhante em todo o Estado, com totais abaixo do esperado, mas risco de eventos extremos principalmente para as cidades mais próximas ao mar (Litoral e Vale). Nos dois últimos meses do ano, a temperatura deve ficar acima da média e as típicas chuvas de verão (nos fins de tarde) serão mais frequentes.

“Ressalta-se que neste período a chuva deve ser irregular, mal distribuída no tempo e no espaço, com totais elevados em curto intervalo de tempo, temporais com forte atividade elétrica (raios), granizo, ventania e períodos de estiagem. A previsão é de elevação da temperatura nos próximos meses com dias consecutivos de temperatura acima de 30ºC”, destacou o Fórum.

O La Niña que está “a caminho” não deve durar muito tempo. Por enquanto, ao que tudo indica, ele deve se estender até março do ano que vem.

Os volumes de chuva

Outubro é marcado pelas chuvas de primavera com totais mensais mais elevados no Extremo Oeste, Oeste e Meio-Oeste, variando de 210 a 280 milímetros. Do Planalto ao Litoral, acumulados de 140 a 180 milímetros. Em novembro, o volume de chuva diminui no Estado, com valores de 130 a 180 milímetros, em média.

Em dezembro, com o início das chuvas de verão, os acumulados variam de 150 a 190 milímetros na Grande Florianópolis e do Extremo Oeste ao Litoral Norte, e nas demais regiões os volumes variam entre 130 a 150 milímetros.

 

FONTE/CRÉDITOS: NSC
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