A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) manifestou preocupação com o corte de R$ 400 milhões no orçamento federal destinado à infraestrutura em Santa Catarina para 2025. O presidente da entidade, Mario Cezar de Aguiar, classificou a medida como "injusta e surpreendente", destacando o impacto negativo para o estado, que é um dos grandes contribuintes para a economia nacional.
"A decisão é injusta e surpreendente, dada a relevante contribuição catarinense ao País. Não se está levando em conta o elevado envio de impostos para Brasília", criticou Aguiar. Ele também ressaltou os prejuízos que a medida trará para o estado: "A medida prejudica nossa logística, nossa competitividade e, inclusive, nossa capacidade de seguir contribuindo para o desenvolvimento nacional, já que a situação precária de nossas rodovias aumenta nossos custos de produção, além de aumentar a insegurança e colocar em risco a vida dos catarinenses."
Diante deste cenário, a FIESC reforça a importância de uma mobilização política para amenizar os impactos do corte e garantir o ritmo das obras de infraestrutura em andamento. Uma das estratégias apontadas pela entidade é assegurar a aplicação de cerca de R$ 200 milhões em restos a pagar de exercícios anteriores, que podem ser somados aos R$ 600 milhões aprovados para o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) neste ano.
"Também é essencial que nossos parlamentares complementem o valor orçado com recursos das emendas individuais e coletivas", destacou Aguiar, ao apontar o papel dos representantes catarinenses no Congresso Nacional.
A FIESC alerta que o corte no orçamento agrava os desafios logísticos de Santa Catarina, um estado cuja economia depende de uma infraestrutura eficiente para escoar a produção industrial e agrícola. Além disso, os problemas nas rodovias afetam diretamente a segurança dos cidadãos, aumentando o número de acidentes e colocando vidas em risco.
A mobilização da classe política e empresarial será determinante para evitar que a redução dos recursos comprometa ainda mais o desenvolvimento do estado e a sua contribuição ao país.
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