O consumo abusivo de álcool aumentou cerca de 4% entre as brasileiras na última década, alcançando 12% das mulheres no país. Entre os homens, o número permaneceu estável, em 21,5%.

Para as mulheres, o consumo abusivo é caracterizado por quatro doses de álcool em um período de até três horas, equivalente a quatro latas de cerveja, 600 ml de vinho ou quatro shots de bebida destilada.

Foi o que ocorreu com Shirley Venâncio, que se tornou dependente do álcool. “Quantas mulheres acreditam que beber todo dia socialmente não é o caminho do alcoolismo. A gente acha que ser alcoólatra é viver na sarjeta, não ter vida social, mas não é assim”, afirma Shirley Venâncio.

A tendência é de aumento nos números, aproximando mulheres dos homens, quando o assunto é consumo de álcool. A OMS aponta que não há limite seguro e o excesso está ligado ao risco de desenvolver 200 doenças e lesões.

“A gente fala de uma pessoa jovem que pode se envolver em um acidente de trânsito, em situações de violência, aumenta o risco de doenças crônicas, cardíacas ou até cirrose”, explica Mariana Thibes, coordenadora do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool.